Estudos apontam que até 20% das mortes de pacientes oncológicos podem ser atribuídos às consequências da desnutrição, e não à doença de fato.
Hoje em dia, as terapias nutricionais personalizadas, são grandes aliadas no combate ao câncer, podem ser consideradas como esperança de vida para muitas pessoas que fazem tratamento oncológico. Esse suporte nutricional atua para fortalecer o sistema imunológico, minimizar os efeitos colaterais dos quimioterápicos e radioterápicos, e melhoram a qualidade de vida dos pacientes, o que faz toda diferença na busca pela cura da doença.
O câncer altera os hábitos fisiológicos e normais de vida em um paciente, comprometendo o estado nutricional, principalmente no que se refere aos macros e micronutrientes. A desnutrição e a perda de tecido adiposo e músculo ósseo ocorrem em cerca de 80% dos pacientes oncológicos, antes mesmo do diagnóstico.
O bem-estar, a qualidade de vida, a resposta ao tratamento e a sobrevida do paciente estão totalmente associados ao estado nutricional. Pacientes desnutridos têm qualidade de vida reduzida, estado funcional alterado, menor tolerância ao tratamento e maior tempo de recuperação quando comparados a pacientes bem nutridos.
A desnutrição dos pacientes com câncer geralmente é do tipo calórico-proteica e ocorre devido a um desequilíbrio entre a ingesta e as necessidades nutricionais desses pacientes.
As terapias nutricionais personalizadas, grandes aliadas no combate ao câncer, podem ser consideradas como esperança de vida para muitas pessoas que fazem tratamento oncológico. Esse suporte nutricional atua para fortalecer o sistema imunológico, minimizar os efeitos colaterais dos quimioterápicos e radioterápicos, e melhoram a qualidade de vida dos pacientes, o que faz toda diferença na busca pela cura da doença.
Esse tipo de tratamento é defendido pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica como parte integrante do protocolo oncológico, devendo ser fornecido como parte dos cuidados padrão.
No Brasil estamos avançando nesse sentido, mas ainda caminhamos a passos curtos. Apenas os casos de cuidados paliativos recebem indicação de terapias nutricionais e poucas são as instituições de saúde que oferecem os cuidados adequados para reabilitação nutricional de pacientes com câncer e até mesmo diversas doenças raras, que requerem extrema atenção.
Não se pode subestimar essa realidade e é preciso ampliar o acesso dos pacientes com câncer a essa verdadeira esperança em forma de alimento.
Matheus Caputo – Médico e diretor do Hospital HDia